Out of sadness...

Um dia, melhor, uma noite - uma dessas muitas noites brancas que o destino me tem reservado - perguntaram-me:
- És feliz?
É incrivel como uma pergunta pode ser tão simples, tão directa, tão pura... e ao mesmo tempo tocar no mais fundo dos fundos, tocar as profundezas mais profundas e escuras.
- Sim... Não... Não sei... - foi a minha resposta - Sou feliz quando a outra pessoa é feliz.
- Mas, és mais vezes feliz ou infeliz?
Quando estava bem, quando a outra pessoa estava bem, o paraíso não era digno da felicidade que trazia em mim. Mas infelizmente, cada vez menos eram os momentos dessa felicidade verdadeira, cada vez mais os momentos de sombra e cada vez mais escura essa sombra se tornava.
- Quando sou feliz sou muito feliz...
- Mas...
- São poucos esses momentos.
- E nos outros?
- Quando as coisas não estão bem... no place on earth is lower...
- Só mais uma pergunta. Como vês a tua vida no futuro? Consegues imaginar o futuro? Com essa pessoa?
- Não sei... De facto... Assim não...


A conversa não foi assim, não textualmente, mas o espírito dela está mesmo aqui... Foi nessa noite branca que me apercebi que a minha vida precisava de um abanão, foi nessa noite branca que me apercebi que havia alguém ali mesmo, disposto a me dar a mão, embalar-me no colo e proteger-me...

Um dia, fiz-te essas mesmas perguntas... Espero a resposta...

Tenho saudades Currunca... Se as empilhasse muito certinhas, mesmo certinhas... iriam muito para além da lua... Mas só o que gosto de ti vai até à lua e volta... muitas muitas vezes!
Espero que as coisas não demorem muito a voltar ao normal, e a nossa amizade especial (são palavras tuas :DDDDDDD) possa continuar a crescer...

Faltas-me...

Fizeste-me bem...
Mostraste em mim um mundo novo
Um Eu que tinha esquecido
Novas cores, novas tonalidades...
Ensinaste-me a distância de mim à lua
Tantas vezes, muitas vezes, infinitas vezes essa viagem
Devolveste-me o sol, o sonho, as palavras...

Fazes-me bem...
Mesmo longe, sem notícias,
Fazes-me bem em cada pequena coisa
Fazes-me bem em cada palavras que escrevo,
Em cada momento me que olho o infinito
Infinitamente perdido no infinito de um olhar
Fazes-me bem no sorriso parvo de orelha a orelha que as tuas palavras trazem...

Faltas-me...
O mundo encolhe
As cores esmorecem, perdem-se tonalidades
As palavras custam a vir
O sorriso parvo perde o sorriso
Fica-se só, pequeno, sem cor...

(Ricardo Silva, 2008)

E por vezes...

E por vezes uma palavra diz tão pouco
E o silêncio tudo aquilo que precisamos.
E, por vezes, a Felicidade pode estar tão perto
Não precisamos provar o sarro
Que, um dia, julgamos serem oceanos.

E por vezes os anos que se enrrolam num segundo
Não valem as horas que se arrastam, os dias que não passam
As lágrimas que choramos,
Os braços que, querendo - precisando, não apertamos

E por vezes a noite que encontramos,
Que não queremos, mas, sem querer, lembramos
Por vezes, essa noite de muitos anos
Pode amanhecer em dias, que são meses, que são oceanos...

Ricardo Silva (2008)

If it made sense...

"And if I hold you, may I never let you go?
And if one day you feel alone
well, I will find you, hold you, in my arms
And bring you home and..."

"...And it's time
To tell you that i just see us together,
And it's time
To tell you I could hold you here forever,
And it's time
I know you know i miss you but you can't imagine,
How the days don't pass...
And how the hours last..."

"And if you ever felt somebody close
The way I feel you, then you would know...
It only takes a wand to fix your heart."


Ana Free: "It's Time" (excerpts)

E de vez em quando descobrem-se tesouros...

Uns vem em forma de pérola, mas só se vêem de vez em quando... outros são simples palavras que se ouvem e nos enleiam e nos apertam o peito com fios invisiveis da mais fina seda...

Outros, talvez não tão importantes, não tão preciosos, são mais simples, mais fáceis de encontrar:
http://florbela.bloguepessoal.com/

Obrigado Ilustre desconhecida

Eu... tal e qual... em forma de música!

A música diz tudo...