quarta-feira, 27 de maio de 2009

Somente... Bicho!

Aquela coisa não se diz
Aquela coisa não se vê
Aquela coisa, mas que coisa,
Não se escreve e não se lê

Aquela coisa que se sente
Tão fundo, sempre presente
Aquela coisa não se faz sentir...
Faz dos olhos o sorriso ausente

Aquela coisa dá vontade
de não querer bem, de fazer sofrer,
A quem não vê o tesouro no outro
A quem se faz cego por não querer ver

Aquela coisa que me assombra
Sem forma, sem corpo, sem sombra...
Aquela coisa é um capricho
Do bicho homem, ou do somente bicho...
(Ricardo Silva 2009)